sexta-feira, 18 de junho de 2010

UM CONSELHO PARA QUEM DESEJA O EPiSCOPADO

A aqui esta um bom exemplo deixado pelo grande pescador de almas para Cristo:
1Pedro 5:1-4; Aos presbiteros que estão entre vós, admoesto eu, " que sou também presbitero" com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar; apascentai o rebanho de Deus(de quem é o rebanho?)que esta entre vós, tendo cuidado dele não por força,mas voluntariamente; nem por " torpe ganância", mas de animo pronto nem como tendo " dominio sobre a herança de Deus", mas servindo de exemplo ao rebanho.
E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançares a incorupitivel coroa de glória.

PRIMEIRA EPISTOLA DE PEDRO

Esta epistola nos oferece uma ilustração esplêndida de como Pedro cumpriu a missão que lhe foi dada pelo Senhor: "tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos" (Lucas 22:32).
Purificando e confirmando por meio do sofrimento e amadurecido pela experiência,Pedro podia pronunciar palavras de encorajamento a grupos de cristõs que estavam passando por duras provas. Muitas das lições que ele aprendeu do Senhor, ele fes saber aos seus leitores(vamos comparar algumas referencias biblicacas 1Pedro 1:10 com Mateus 13:17; 1Pedro 5:2 com João 21:15-17; 1Pedro 5:8 com Lucas 22:31).O verciculo 12 do ultimo capitulo sugerirá o tema da epistola-A graça de Deus. Aqueles a quem ela se dirigia estavam passando por tempos de prova. Assim, Pedro os anima demostrando-lhes que tudo quanto era necessário para ter força, caráter e coragem havia sido provido na graça de Deus. Ele é o "DEUS DE TODA GRAÇA"(5:10),E O DEUS DE TODA GRAÇA, QUE EM CRISTO JESUS VOS CHAMOU À SUA ETERNA GLÓRIA, DEPOIS DE HAVERDES PADECIDO UM POUCO, ELE MESMO VOS APERFEIÇOARÁ, CONFIRMARÁ E FORTALECERÁ.

terça-feira, 15 de junho de 2010

EPISTOLA DE PAULO AOS BRASILEIROS.

--------------------------------------------------------------------------------


Posted: 14 Jun 2010 02:54 PM PDT

Prefácio e Saudação


Paulo, apóstolo, não da parte de homens, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, a todos os santos e fiéis irmãos em Cristo Jesus, que se encontram em terras brasileiras, graça e paz a vós outros.


Exortações à Igreja


Rogo-vos para que não haja partidos entre vós. Mas vejo que é isso que está ocorrendo, pois uns dizem: eu sou de Malafaia; outros, de Macedo; outros, do Soares; outros de Feliciano; Quem é Malafaia? Quem é Soares? Quem são eles? [1] Por acaso Cristo está dividido? Não são neles que devemos postar nossos olhos, mas em Cristo, o único que morreu por nós. Vejo que ainda sois meninos na fé quando o propósito de cada um é só buscar bênçãos para si, visando os próprios interesses e não o interesse do Corpo. Digo-vos que a maior benção já vos foi concedida na cruz quando fostes resgatados da morte e das trevas. Agora, aprendam a viver contentes e dar graças a Deus por tudo [2] .


Sinais e Prodígios


Assim como os judeus pediam sinais em minha época [3], há muitos que só pensam em prodígios e maravilhas: fazem correntes e marcam hora para as curas se efetuarem, e eu já havia advertido aos seus irmãos de Tessalônica que tão somente orassem o tempo todo, [4] pois apenas Deus é quem sabe a hora de atender. Eu mesmo deixei Trófimo doente em Mileto, [5] o amado Timóteo foi medicado enquanto esperava o Senhor curar sua gastrite, [6] e Epafrodito adoeceu mortalmente chegando às portas da morte [7]. Por que entre vós no Brasil seria diferente?


Outras admoestações


Estão fazendo rituais para amarrar demônios e declarar que as cidades do Brasil são do Senhor Jesus. Nunca vistes isso em mim e em nenhum momento em Cristo. Pelo contrário, preguei o evangelho em Éfeso, mas a cidade continuou seguindo a deusa Diana. No Areópago de Atenas riram e zombaram de minha pregação, e poucos aceitaram a palavra do evangelho; como eu iria dizer que Atenas era do Senhor Jesus? Em Corinto, a prostituição continuou a dominar a cidade, e em Roma, as orgias e as dissoluções da família até se intensificaram no decorrer dos anos. Dizer que Roma pertencia ao Senhor Jesus seria uma frase que levaria ao engano os poucos irmãos verdadeiramente convertidos.


Na verdade muito me esforcei e fiz de tudo para ver se conseguia salvar a alguns [8]. Nunca ensinei a reivindicar territórios, mas tão somente orava a Deus que me abrisse uma porta para pregar a Palavra [9] .


Cuidado com os falsos apóstolos


Há muitos homens gananciosos aparecendo no meio de vós no Brasil dizendo que são apóstolos e criando hierarquias para exercer domínio uns sobre os outros, coisa que nunca aceitei. Porque tanta preocupação com títulos? Por que ninguém se contenta em ser chamado simplesmente servo? Pois é isso é o que realmente importa. Saibam que há muitos obreiros fraudulentos transformando-se em apóstolos de Cristo [10].


Já vos advertira que depois da minha partida, entre vós penetrariam lobos vorazes que não poupariam o rebanho de Cristo [11], vós não lembrais disso brasileiros?


Sobre os dons espirituais


Soube que muitos estão preocupados com os dons. É verdade que eles são importantes, mas o Espírito concede a cada um conforme melhor lhe convém [12]. Tenho percebido que valorizam principalmente os dons sobrenaturais – como falar em línguas, visões, curas e revelações – e esquecem-se que ensinar bem as Escrituras, administrar com zelo as coisas de Deus e promover socorro aos necessitados também são dons espirituais [13].


Mas o que eu quero mesmo é que estejais buscando para suas vidas o fruto do Espírito. De nada adianta ter fé suficiente para curar pessoas, transportar montes e expulsar demônios se ficais devorando uns aos outros, [14] se não têm amor, se provocam rixas e intrigas entre si e dão mau testemunho.


Ofertas ao Senhor


Quanto às ofertas e sacrifícios, já falei por carta: no primeiro dia da semana cada um separe segundo sua prosperidade [15]. Nunca fiz leilão de bênçãos do Senhor, desafiando o povo a ofertar começando com 10 moedas de ouro até chegar ao que tinha um denário. O único sacrifício aceitável por Deus já foi feito na cruz pelo seu Filho Jesus, entendais isto brasileiros.


Quando Deus me der oportunidade de visitar-vos quero conhecer os que estão se enriquecendo com o Evangelho e enfrentar-lhes face a face. A piedade jamais pode ser fonte de lucro [16] e se continuarem nessa sórdida ganância haverão de sofrer muitas dores [17].


A busca da verdadeira maturidade


É imprescindível que manejem bem a Palavra, pois chegou ao meu conhecimento que esta é uma geração tão ignorante nela que estão sendo enganados por lobos vorazes, que trazem enganos e sofismas, e a esses, de boa mente, os tolerais [18]. Lembrem-se que quando preguei em Beréia o povo consultava a Palavra para ver se as coisas eram de fato assim [19]. Porque não fazeis vós o mesmo? Ora, os ardis de satanás vêm sempre disfarçados na pregação de um anjo de luz [20].


Vejo que entre vós há muitos acréscimos e deturpações daquilo que falei. Admoesto-vos a que não ultrapasseis o que está escrito [21] .


As saudações pessoais


Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, e sim a seu próprio ventre [22], seus próprios interesses. Em breve vos vereis.


A bênção


A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós do Brasil [23].


REFERÊNCIAS [1] – 1Co 3.5 [2] – Fp 4.11; 1Ts 5.18 [3] – 1Co 1.22 [4] – 1Ts 5.17 [5] – 2Tm 4.20 [6] – 1Tm 5.23 [7] – Fp 2.27-30 [8] – 1Co 9.22 [9] – Cl 4.3 [10] – 1Co 11.3 [11] – At 20.29 [12] – 1Co 12.7 [13] – Rm 12.7-8 [14] – Gl 5.15 [15] – 1Co 16.2 [16] – 1Tm 6.5 [17] – 1Tm 6.10 [18] – 2Co 11.4 [19] – At 17.11 [20] – 2Co 11.14 [21] – 1Co 4.6 [22] – Rm 16.17-18 [23] – 2Co 13.13.

terça-feira, 1 de junho de 2010

UMA PALAVRA AOS PRESBITEROS.

O apóstolo Paulo estava se despedindo dos presbíteros de Éfeso. Já estava embarcando para Cesaréia no porto de Mileto. Ali se reúne com esses líderes da igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor, onde passara três anos. Num discurso regado de profunda emoção, o apóstolo dá seu testemunho e reafirma os compromissos que assumira em seu ministério: compromisso com Deus (At 20.19), com ele mesmo (At 20.18,28a), com a Palavra (At 20.20-27), com a igreja (At 20.28-31), com a integridade financeira (At 20.32-35) e com a afetividade (At 20.36-38). Nos versículos 28 a 31 o apóstolo tem uma exortação dirigida especialmente aos presbíteros. Essa palavra é atual e oportuna:

1. O presbítero precisa cuidar da sua própria vida (At 20.28a). “Atendei por vós mesmos…”. A vida do presbítero é a vida do seu presbiterato. Exemplo fala mais do que palavras. O que o presbítero é, torna-se mais importante do que aquilo que ele faz. Vida com Deus precede trabalho para Deus. O presbítero precisa cuidar de si mesmo para não reprovar nos outros aquilo que pratica. Sua vida precisa ser consistente com o ministério que desenvolve. Sua conduta precisa ser irrepreensível dentro e fora da igreja. O presbítero precisa ser exemplo em seu lar, em seu trabalho e em seus relacionamentos.

2. O presbítero precisa pastorear o rebanho de Deus (At 20.28b). O apóstolo Paulo exorta: “Atendei [...] por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”. O presbítero precisa cuidar não apenas de algumas ovelhas do rebanho, mas de todo o rebanho. Precisa compreender a natureza de sua vocação, sabendo que seu presbiterato não é um posto de privilégio, mas uma plataforma de serviço; e mais, esse ministério não vem de homens, mas do próprio Espírito Santo. A autoridade que o presbítero exerce não emana dele mesmo, vem do próprio Deus. O presbítero é também um pastor do rebanho e seu trabalho é de pastoreio, ou seja, ele é chamado para ensinar, exortar, consolar e proteger o rebanho. O presbítero precisa entender que a igreja não é dele, é de Deus. As ovelhas não são dele, pertencem a Cristo, porque foram compradas com o próprio sangue do Cordeiro.

3. O presbítero precisa proteger as ovelhas de Cristo (At 20.29-31). Paulo escreve: “Eu sei que depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiai…”. O apóstolo dos gentios faz dois alertas aos presbíteros: o primeiro deles é que há lobos vorazes do lado de fora querendo entrar na igreja para destruir o rebanho. Esses lobos são falsos mestres, com falsas doutrinas, pregando um falso evangelho. Cabe aos presbíteros serem zelosos com a integridade doutrinária da igreja. Cabe a eles a proteção do rebanho contra as novas e velhas heresias que tentam sutilmente entrar na igreja para dispersar e destruir o rebanho de Deus. O segundo alerta que Paulo faz é que há pessoas dentro da própria igreja com tendências perigosas, e que, em dado momento se levantarão falando coisas pervertidas para arrastar após si as ovelhas. Essas pessoas que estiveram enrustidas e camufladas dentro da igreja nunca buscaram os interesses de Cristo nem do rebanho. Sempre estiveram buscando seus próprios interesses. Essas pessoas não amam as ovelhas, amam a si mesmas. Elas não servem ao rebanho, se servem dele. Cabe aos presbíteros proteger as ovelhas de Cristo desses crentes falsos que se levantam para se tornar falsos mestres. O presbiterato precisa ser exercido com um profundo senso de cuidado. Paulo diz: “Portanto, vigiai”!

LIÇÕES DE JESUS A SOMBRA DA CRUZ.

Referência: João 13.1-20

INTRODUÇÃO

Jesus sabia que a sua hora tinha chegado. Jesus andou rigorosamente debaixo da agenda do céu. Ele cumpriu cabalmente a agenda traçada pelo Pai.

1)2:4 – Jesus disse para a sua mãe em Caná: “Ainda não é chegada a minha hora”.

2)7:30 – Os guardar não puderam prendê-lo “porque ainda não era chegada a sua hora”.

3)8:20 – E ninguém o prendeu no templo “porque não era ainda chegada a sua hora”.

4)12:23 – Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém disse: “É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem”.

5)13:1 – Na festa da Páscoa Jesus disse: “Sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai”.

6)17:1 – Tendo terminado seus ensinos no cenáculo, antes de ir para o Getsêmani Jesus disse: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a Ti”.

Jesus já estava à sombra da cruz. Jerusalém estava com suas ruas apinhadas de gente. Cada família já estava se preparando para imolar o cordeiro e celebrar a páscoa. Jesus escolheu esta data para morrer por duas razões: Primeiro, o Cordeiro da Páscoa era o mais vívido tipo de Cristo em toda a Bíblia. Segundo, a Páscoa era a festa onde todo o povo se juntava em Jerusalém. Sua morte seria pública. Os sacerdotes já se preparavam para a grande festa que marcava a saída do povo do cativeiro do Egito, quando Deus libertou o seu povo pelo sangue do Cordeiro.

Jesus ministra aos seus discípulos suas útimas lições. Essas lições são pilares que devem manter nossa estrutura espiritual. São trombetas de Deus aos nossos ouvidos. São luzes de alerta em nosso caminho. São exemplos vivos que precisam ser imitados.

I. A PRIMEIRA LIÇÃO DE JESUS É SOBRE O SEU AMOR INCOMENSURÁVEL PELO SEU POVO – V. 1-3

1. A cruz não foi um acidente na vida de Cristo. Ele não foi para a cruz pela trama dos judeus, pela traição de Judas, pela maldade de Anás e Caifás, pela covardia de Pilatos, pela gritaria insana dos judeus, pelo crueldade dos soldados. Ele foi à cruz por um plano eterno do Pai. Ele sabia que estava indo para a cruz. Ele sabia que sua hora tinha chegado. A despeito do conhecimento de seu sofrimento atroz e de sua morte horrenda, ele continua amando os seus discípulos até o fim.

2. Mesmo sabendo que os seus discípulos o abandonaria vergonhosamente em poucas horas, deixando-o nas mãos dos pecadores. Mesmo sabendo que Judas o trairia, que Pedro o negaria e que os outros se dispersariam, Jesus continua amando os seus discípulos até o fim.

3. Jesus amou-nos ao ponto de deixar a glória, entrar no mundo, se fazer carne, tornar-se pobre, ser perseguido, odiado, zombado, cuspido, pregado numa cruz, carregando sobre o seu corpo no madeiro os nossos pecados e morrer por nós em uma rude cruz. Esse é um amor imenso, eterno, infinito. Nenhum pregador jamais pode pregar completamente esse amor. Nenhum escritor jamais pode descrever completamente esse amor. Nenhum poeta jamais conseguiu descrever esse amor. Se todos os mares fossem tinta/E todos as nuvens fossem papel/Se todas as árvores fossem pena/E todos os homens escrivães/Nem mesmo assim se poderia descrever o amor de Cristo. Seu amor excede todo o entendimento.

4. O principal dos pecadores pode vir a ele com ousadia e confiar no seu perdão. Jesus se deleita em receber pecadores. Jesus não nos lança fora por causa dos nossos fracassos. Ele jamais nos rejeita por causa da nossa fraqueza. Aqueles a quem ele ama desde o princípio, ele ama até o fim. Aqueles que vêm a ele jamais ele lança fora.

II. A SEGUNDA LIÇÃO DE JESUS É SOBRE O PERIGO DE SE VIVER COMO UM HIPÓCRITA NO MEIO DO POVO DE DEUS – V. 2-3,18-19

1. Judas tinha sido escolhido pelo próprio Cristo no mesmo nível e ao mesmo tempo que Jesus tinha escolhido Pedro, Tiago, João e os demais apóstolos. Judas foi escolhido depois de uma noite de oração. Judas foi escolhido de acordo com a vontade de Deus. Judas foi escolhido para estar com Jesus, para pregar o evangelho, para orar pelos enfermos e expulsar demônios.

2. Por três anos Judas andou com Cristo. Judas viu os milagres de Cristo. Ouviu os tremendos ensinamentos de Cristo. Viu Cristo curando os aleijados, dando vista aos cegos, purificando os leprosos e ressuscitando os mortos. Durante três anos Judas viu Jesus andando por toda a parte libertando os oprimidos do diabo.

3. Durante três anos Judas realizou a obra de Deus. Quando Jesus enviou os discípulos de dois a dois Judas estava no meio deles. Ele participou do grupo dos 12 e dos 70. Judas pregou o evangelho para os outros. Judas orou pelos enfermos. Judas expulsou demônios no nome de Jesus. Mas agora estamos vendo este homem possuído pelo diabo e caminhando para a destruição. Judas tapa os ouvidos à voz de Cristo e abre o seu coração aos sussuros do diabo. Ele abrigou no coração as sugestões do diabo e o diabo entrou nele e levou para o inferno.

4. Judas nos mostra o quão longe um homem pode ir na sua profissão religiosa sem ser convertido. O quão profundamente uma pessoa pode se envolver com as coisas de Deus e ser apenas um hipócrita. Judas nos mostra a inutilidade dos maiores privilégios sem um coração sincero diante de Deus. Privilégios espirituais sem a graça de Deus não salva ninguém. Ninguém é salvo por ser um líder religioso, por ocupar um lugar de destaque na denominação ou por exercer um ministério espetacular. Judas nos alerta sobre o perigo de se ter apenas um conhecimento intelectual do evangelho, mas um coração ainda não convertido. Judas nos mostra que ser batizado ou ser membro de igreja não é uma garantia de que estamos certos diante de Deus.

5. Judas nos adverte sobre a necessidade de sondarmos o nosso coração. Judas amou mais o dinheiro do que a sua alma. Ele amou mais o dinheiro do que a Jesus. Aquele não foi um deslize momentâneo na vida de Judas. Jesus já conhecia o seu coração. Jesus sabia que ele era um “diabo” (João 6:70). Jesus sabia que ele era ladrão. Aqui a máscara caiu e Judas acolheu o sugestionamento do diabo. Aqui Judas simplesmente evidencia de quem ele era servo. Quem mandava em sua vida. A quem ele de fato obedecia. Ah! Devemos orar continuamente para que o nosso Cristianismo seja genuíno. Mesmo que nossa vida seja frágil, precisamos dizer: “Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo”.

6. Judas é um alerta para nós sobre o perfeito conhecimento que Cristo tem de todo o seu povo. Jesus pode distinguir entre uma falsa profissão de fé e a verdadeira graça. A igreja pode ser enganada, mas Jesus não. Homens maus como Judas podem ocupar os postos mais altos na liderança das igrejas, mas jamais enganarão a Jesus. Jesus conhece aqueles a quem ele escolheu (13:18-19). Esse conhecimento de Jesus alerta os hipócritas ao arrependimento. Jesus deu todas as oportunidades para Judas se arrepender. Ele o chamou. Ele o ensinou. Ele o comissionou. Ele lavou os seus pés. Ele o tratou como amigo. Ele lhe deu todos os privilégios que deu aos outros discípulos. Mas o mesmo sol que amolece a cera endurece o barro. Os discípulos foram salvos, Judas pereceu.

III. A TERCEIRA LIÇÃO DE JESUS É QUE PRIVILÉGIOS NÃO IMPLICAM EM ORGULHO, MAS EM HUMILDADE – V. 3-5

1.Jesus sabia quem era. Sabia de onde tinha vindo e para onde estava indo. Sabia sua origem e seu destino. Sabia que era o Rei dos reis. Sabia que era o Filho do Deus Altíssimo. Sabia que o Pai tudo confiara em suas mãos. Sabia que era o soberano do Universo. Mas sua majestade não o levou à auto-exaltação, mas à humilhação mais profunda. O que ele sabia determinou o que ele fez. Sua humildade não procedeu da sua pobreza, mas da sua riqueza. Sendo rico se fez pobre. Sendo Rei se fez servo. Sendo Deus se fez homem. Sendo soberano do universo se cingiu com uma toaha e lavou os pés dos seus discípulos.

2. Era costume que as pessoas antes de se assentar à mesa lavasse os pés. Eles tinham vindo de Betânia. Seus pés estavam cobertos de poeira. Eles não podiam assentar-se à mesa antes de lavar os pés. Esse era o serviço dos escravos. Jesus estava no cenáculo com eles. Ali não havia serventes. Jesus esperou que eles tomassem a iniciativa de lavar os pés uns dos outros. Mas eles tinham muito orgulho para fazer um serviço de escravo. Ninguém tomou a iniciativa. Eles abrigavam no coração quem era o mais importante entre eles (Lucas 22:24-30). Judas nesse momento já havia decidido trair a Jesus por trinta moedas de prata. Eles pensavam que privilégios implicava em grandeza, em reconhecimento, em aplausos, em regalias.

3. Foi no meio de tais homens que se sentiam muito importantes, homens em cujo meio estava Judas, o traidor que Jesus se levanta. Mesmo sabendo que era o Filho de Deus e que tinha vindo do céu e voltava para o céu, Jesus cinge-se com uma toalha. Deita água em uma bacia. Começa a lavar os pés dos discípulos e enxugar-lhes com a toalha. Jesus repreende o orgulho dos discípulos com a sua humildade. Jesus mostra que no Reino de Deus o maior é o que serve. A grandeza no reino de Deus não é medida por quantas pessoas estão a seu serviço, mas a quantas pessoas você está servindo. Devemos ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Ele sendo Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus. Ele se esvaziou. Ele se humilhou. Ele sofreu morte humilhante e morte de Cristo. Devemos nos revestir de humildade. Porque aquele que se humilhar será exaltado.

4. Jesus sendo o soberano do universo cingiu-se com uma toalha. Sendo o Rei dos reis enclinou-se para lavar os pés sujos dos seus discípulos. Ah como precisamos precisamos dessa lição de Jesus hoje. Temos hoje muitas pessoas grandes na igreja, mas poucos servos. Muita gente no pedestal e poucas inclinadas com a bacia e toalha na mão. Muita gente querendo ser servida e poucas prontas a servir. A humildade de Jesus repreende o nosso orgulho.

5. Humildade e amor são virtudes que os homens do mundo podem entender, se eles não compreendem doutrinas. O cristão mais pobre, o mais fraco e o mais ignorante pode todoos os dias encontrar uma ocasião para praticar amor e humildade. Cristo nos ensinou como fazer isso. O que Jesus teve em mente não foi um rito externo, o lavapés, mas uma atitude interna, da humildade e da vontade de servir.

IV. A QUARTA LIÇÃO DE JESUS NOS ENSINA SOBRE A EFICÁCIA DA SALVAÇÃO E A NECESSIDADE DE UMA PURIFICAÇÃO DIÁRIA – V. 6-11

1. Pedro revela neste texto mais uma vez o seu temperamente ambíguo e contraditório. Num momento ele proibe Jesus lhe lavar os pés; noutro momento quer ser banhado dos pés à cabeça. Pedro revela neste texto que não entende o que Jesus está fazendo. Ele vê mas não compreende. Seu coração estava certo, mas sua cabeça estava completamente errada. Pedro tem mais amor do que conhecimento, mais sentimento do que discernimento espiritual. Ao mesmo tempo que chama Jesus de sair, diz-lhe: “De modo nenhum me lavarás os pés”. Pedro errou quanto ao estado de humilhação de Cristo e Pedro errou também quanto ao significado do ato de Jesus. Ele pensou num ato literal enquanto Jesus estava falando de uma purificação espiritual. A linguagem de Jesus aqui é a mesma do capítulo 3 quando ele falal do nascimento espiritual, do capítulo 4, quando ele fala da água espiritual, e do capístulo 6 quando ele fala do pão espiritual. Agora ele fala da limpeza espiritual. Pedro já havia demonstrado essa ambiguidade antes: confessa Jesus e depois o repeende (Mateus 16:16,22). Chama Jesus de Senhor e o proíbe de lavar-lhe os pés (João 13:6-8). Promete ir com Jesus até a morte e o nega três vezes (João 13:36-38).

2. Pedro precisava entender o que era ser lavado por Cristo. Jesus não estava falando de uma lavagem física, mas espiritual. Quem não for lavado, purificado, justificado e santificado por Cristo não tem parte com ele (1 Coríntios 6:11). Cristo precisa lavar-nos se nós vamos reinar com ele em sua glória. Judas não estava limpo, ou seja, ele não tinha sido transformado, convertido.

3. Pedro precisava entender que uma vez salvo, salvo para sempre. Quem já se banhou não precisa lavar-se senão os pés. A salvação é uma dávida eterna. A palavra lavar nos versos 5-6,8,12 e 14 é nipto e significa lavar uma parte do corpo. Mas a palavra lavar no verso 10 é louo e significa lavar o corpo completamente. A distinção é importante, porque Jesus estava ensinando os seus discípulos a importância de uma caminhada santa. Quando um pecador confia em Jesus é banhado completamente e seus pecados são perdoados (1 Coríntios 6:9-11; Tito 3:3-7; Apocalipse 1:5). E Deus nunca mais se lembra desses pecados (Hebreus 10:17). Contudo, como os crentes andam neste mundo eles são contaminados e precisam ser purificados. Não precisam ser justificados de novo, mas de constante purificação. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos purificar e nos perdoar” (1 João 1:9). Quando andamos na luz temos comunhão com Cristo. Quando somos purificados andamos em intimidade com Cristo.

4. Pedro precisava entender que os salvos precisam continuar ser purificados. Precisamos ser lavados continuamente pelo sangue de Cristo. Precisamos ser purificados das nossas impurezas. Se confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados. Precisamos ser lavados para entrarmos no banque da comunhão com Cristo. Nossos pés precisam ser lavados. O mesmo sangue que nos lavou em nossa conversão, agora nos purifica diariamente em nossa santificação.

V. A ÚLTIMA LIÇÃO DE JESUS É SOBRE A VERDADEIRA NATUREZA DA FELICIDADE DO CRISTÃO – V. 12-20 (17)

1. Jesus define o que é felicidade (13:17). Bem-aventurado aqui significa muito feliz. Mas quem é feliz? É aquele que serve e serve aos mais fracos, da maneira mais humilde. Feliz é aquele que não apenas chama Jesus de Mestre e Senhor, mas também imita a Jesus, servindo ao próximo. Ser feliz segundo o mundo é estar acima dos outros. É ser servido por todos. Ser feliz no Reino de Deus é rebaixar-se para servir aos mais fracos. A grandeza no Reino de Deus não é medida por quantas pessoas nos servem, mas a quantas nós servimos. A felicidade não é um fim em si mesma, mas um sub-produto de uma vida que vivemos dentro da vontade de Deus. O mundo pensa que felicidade é o resultado de outros nos servirem, mas a real felicidade é servirmos aos outros em nome de Jesus. O mundo pergunta: Quantas pessoas servem você. Mas Jesus pergunta: a quantas pessoas você está servindo? No Reino de Deus o maior é o servo de todos.

2.O crente não deve se envergonhar de fazer nenhuma coisa que Jesus tenha feito (13:17). Jesus deixou a glória, o céu, os anjos, o trono e veio ao mundo para servir, servir pecadores como eu e você. Na vida cristã não há espaço para vaidade, para orgulho. Nosso Rei foi servo. Ele se esvaziou. Ele se despiu da sua glória. Ele nasceu numa manjedoura. Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Ele cingiu-se com uma toalha. Ele foi sepultado num túmulo emprestado. Ele lavou os pés de homens fracos e cheios de vaidade. Ele fez um trabalho próprio dos escravos. E seus discípulos deveriam fazer o mesmo.

3. Jesus nos ensina sobre a inutilidade do conhecimento religioso que não é acompanhado pela prática (13:17). Um conhecimento que não se traduz em trabalho, em obra, em serviço é estéril e não pode trazer felicidade. Não basta conhecer a verdade se não somos transformados por esta verdade. O conhecimento sem amor envaidece. A fé sem obras é morta. A doutrina sem vida é inútil. O conhecimento sem a obediência nos torna mais culpados diante de Deus. O conhecimento sem prática não nos coloca acima do nível dos demônios (Marcos 1:24 e Tiago 2:20). Satanás conhece a verdade, mas não tem nenhuma disposição para obedecê-la. Conhecimento sem prática descreve o caráter de Satanás e não do crente. Por isso, Satanás é sumamente infeliz. Um crente feliz é aquele que não apenas conhece, mas pratica o que conhece.

CONCLUSÃO

O texto que acabamos de considerar nos ensina quatro lições fundamentais: Diante dos privilégios devemos agir com humildade. Diante da contaminação do mundo, necessitamos de purificação constante. Diante da vaidade do mundo, precisamos aprender que a verdadeira felicidade é servir e não ser servido. Diante da eternidade e do destino da nossa alma, precisamos vigiar-nos para não cairmos no abismo da hipocrisia. Que aprendemos estas lições que Jesus ensinou à sombra da cruz!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

VOCE NÃO ESTA CORRENDO PERIGO?

O PERIGO DE SE VIVER COMO UM HIPÓCRITA NO MEIO DO POVO DE DEUS –(CAP:13. V. 2-3,18-19

1. Judas tinha sido escolhido pelo próprio Cristo no mesmo nível e ao mesmo tempo que Jesus tinha escolhido Pedro, Tiago, João e os demais apóstolos. Judas foi escolhido depois de uma noite de oração. Judas foi escolhido de acordo com a vontade de Deus. Judas foi escolhido para estar com Jesus, para pregar o evangelho, para orar pelos enfermos e expulsar demônios.

2. Por três anos Judas andou com Cristo. Judas viu os milagres de Cristo. Ouviu os tremendos ensinamentos de Cristo. Viu Cristo curando os aleijados, dando vista aos cegos, purificando os leprosos e ressuscitando os mortos. Durante três anos Judas viu Jesus andando por toda a parte libertando os oprimidos do diabo.

3. Durante três anos Judas realizou a obra de Deus. Quando Jesus enviou os discípulos de dois a dois Judas estava no meio deles. Ele participou do grupo dos 12 e dos 70. Judas pregou o evangelho para os outros. Judas orou pelos enfermos. Judas expulsou demônios no nome de Jesus. Mas agora estamos vendo este homem possuído pelo diabo e caminhando para a destruição. Judas tapa os ouvidos à voz de Cristo e abre o seu coração aos sussuros do diabo. Ele abrigou no coração as sugestões do diabo e o diabo entrou nele e levou para o inferno.

4. Judas nos mostra o quão longe um homem pode ir na sua profissão religiosa sem ser convertido. O quão profundamente uma pessoa pode se envolver com as coisas de Deus e ser apenas um hipócrita. Judas nos mostra a inutilidade dos maiores privilégios sem um coração sincero diante de Deus. Privilégios espirituais sem a graça de Deus não salva ninguém. Ninguém é salvo por ser um líder religioso, por ocupar um lugar de destaque na denominação ou por exercer um ministério espetacular. Judas nos alerta sobre o perigo de se ter apenas um conhecimento intelectual do evangelho, mas um coração ainda não convertido. Judas nos mostra que ser batizado ou ser membro de igreja não é uma garantia de que estamos certos diante de Deus.

5. Judas nos adverte sobre a necessidade de sondarmos o nosso coração. Judas amou mais o dinheiro do que a sua alma. Ele amou mais o dinheiro do que a Jesus. Aquele não foi um deslize momentâneo na vida de Judas. Jesus já conhecia o seu coração. Jesus sabia que ele era um “diabo” (João 6:70). Jesus sabia que ele era ladrão. Aqui a máscara caiu e Judas acolheu o sugestionamento do diabo. Aqui Judas simplesmente evidencia de quem ele era servo. Quem mandava em sua vida. A quem ele de fato obedecia. Ah! Devemos orar continuamente para que o nosso Cristianismo seja genuíno. Mesmo que nossa vida seja frágil, precisamos dizer: “Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo”.

6. Judas é um alerta para nós sobre o perfeito conhecimento que Cristo tem de todo o seu povo. Jesus pode distinguir entre uma falsa profissão de fé e a verdadeira graça. A igreja pode ser enganada, mas Jesus não. Homens maus como Judas podem ocupar os postos mais altos na liderança das igrejas, mas jamais enganarão a Jesus. Jesus conhece aqueles a quem ele escolheu (13:18-19). Esse conhecimento de Jesus alerta os hipócritas ao arrependimento. Jesus deu todas as oportunidades para Judas se arrepender. Ele o chamou. Ele o ensinou. Ele o comissionou. Ele lavou os seus pés. Ele o tratou como amigo. Ele lhe deu todos os privilégios que deu aos outros discípulos. Mas o mesmo sol que amolece a cera endurece o barro. Os discípulos foram salvos, Judas pereceu.

domingo, 2 de maio de 2010

Bom o que mas pode aconteser?

Chegou a mim por e-mail a informação de que certo pastor, ao assumir a presidência de um grande ministério da Assembleia de Deus do Estado do Rio de Janeiro — não me pergunte onde! —, afirmou que não consagrará mais presbíteros como auxiliares do ministério principal da igreja. Segundo ele, esse título só pode ser atribuído aos supervisores que estão acima dos pastores, e não a obreiros locais.

É claro que títulos eclesiásticos variam de acordo com as denominações, pois não se deve confundir título com ministério. Não é o título que faz a pessoa. É a pessoa que faz o título. Este é recebido neste mundo; o ministério e o dom vêm do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17).

Entretanto, diante do mencionado rompimento de paradigmas, por parte do aludido pastor assembleiano (assembleiano?), pergunto:

Quer dizer, então, que o que temos aprendido, ao longo dos anos, com homens de Deus, como Samuel Nyström, Nels Nelson, João de Oliveira, Eurico Bergstén, João Pereira de Andrade e Silva, Estevam Ângelo de Souza, Alcebíades Vasconcelos, José Pimentel de Carvalho, Antonio Gilberto, Cícero Canuto de Lima, Anselmo Silvestre, N. Lawrence Olson, Orlando Boyer, José Wellington Bezerra da Costa, Valdir Nunes Bícego e tantos outros pastores e mestres, está tudo errado?

Alto lá! — como costuma dizer Raimundo João de Santana, o admirável pastor-presidente da Assembleia de Deus do Rio Grande do Norte. Nas igrejas neotestamentárias, há pelo menos quatro escalões de trabalho: (1) o ministério principal, formado por apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e ensinadores; (2) o presbitério: ministério auxiliar local; (3) o diaconato: trabalho auxiliar material, que envolve os diáconos reconhecidos (consagrados) pela igreja e os que fazem o trabalho como cooperadores; e (4) os outros trabalhos auxiliares: professores, líderes de louvor, círculo de oração, comissões, etc.

De acordo com 1 Coríntios 12.28, há uma hierarquização dos dons e ministérios do Espírito, a qual é feita por Deus, que realiza todas as coisas com ordem (cf. 1 Co 14.26,40; 15.23; 1 Ts 4.16,17; 5.23; Cl 2.5). Essa hierarquização existe, não para que o portador de certo dom ou ministério se considere superior aos outros, e sim para que haja ordem na obra do Senhor.

Primeiro, Deus pôs na igreja apóstolos. Isso é uma alusão a um ministério, e não a título. Hoje, muitos se autoproclamam apóstolos. Mas os verdadeiros apóstolos são homens de Deus, enviados por Ele, com grande autoridade, e não com autoritarismo. Formam a liderança maior da igreja, independentemente dos títulos usados pelas igrejas locais (pastores-presidentes, bispos, pastores, presbíteros, etc.). Em segundo lugar, o Senhor pôs na igreja profetas, isto é, pregadores (pregadores, mesmo!) da Palavra de Deus, portadores de mensagens proféticas. Em terceiro, doutores (At 13.1), ensinadores chamados por Deus que atuam juntamente com os apóstolos e profetas.

Há casos, como o de Paulo, em que três ou dois dos ministérios mencionados (apóstolo, profeta e doutor) se intercambiam (1 Tm 2.7). Os ministérios de pastor e evangelista (Ef 4.11) certamente em alguns casos se combinam; e ambos fazem parte dos três primeiros itens mencionados na lista de 1 Coríntios 12.28, posto que são títulos relacionados com a liderança maior da igreja. Depois desses três ministérios, mencionam-se milagres, dons de curar, socorros, governos (líderes de grupos menores diversos), variedades de línguas, etc. Observe que o ministério da Palavra tem mais prioridade para Deus do que os dons ligados a milagres e curas!

Na hierarquização feita por Deus, os presbíteros estariam depois do ministério principal (apóstolos, pregadores [profetas e evangelistas] e mestres). Mas é bom lembrar que o termo “presbítero” é empregado no Novo Testamento com dois sentidos: o de supervisor geral (2 Jo v.1; 3 Jo v.1; 1 Pe 5.1, gr. sumpresbuteros); e o de obreiro auxiliar, local (1 Tm 3.2; Tt 1.5,7; At 14.23). E é aqui que muitos fazem confusão, como o pastor-presidente mencionado no início.

O sentido original de “presbítero” é “idoso”, “ancião” (At 2.17; Hb 11.2; 1 Tm 5.2). Mas o termo presbuteroi, associado a episkopoi, diz respeito ao obreiro maduro, preparado, não necessariamente idoso. Os termos originais citados são intercambiáveis e indicam a natureza do trabalho (At 20.17,28) e a maturidade espiritual para se exercer a obra do presbitério. Não confunda, pois, “anciãos” (gr. presbuteros) com “anciãos” (gr. gerousia). Este denota “conselho de anciãos, homens idosos”, e aquele se refere a obreiros auxiliares maduros, preparados, independentemente de suas idades.

Para a função de presbítero, como obreiro auxiliar, há três títulos sinônimos, no Novo Testamento, os quais não representam diferença, quer no cargo, quer na responsabilidade: “presbítero” (Tt 1.5), “ancião” (At 11.30; 15.2-6; 20.17) e “bispo” (At 20.28). Os presbíteros, bispos ou anciãos formam um corpo de auxiliares imediatos do líder maior da igreja, os quais cooperam com o ministério principal ativamente no apascentamento do rebanho (1 Tm 4.14; At 20.28; 1 Pe 5.2; Jo 21.15-17). Em Atos, eles são mencionados junto com os apóstolos (At 15.2-6,22), o que denota a subordinação deles ao ministério principal da igreja.

Apenas a título de ilustração, Pedro era um dos apóstolos; fazia parte do ministério principal da igreja e estava acima, hierarquicamente, dos anciãos (presbíteros) e dos irmãos, como lemos em Atos 15.23. Mas o mesmo apóstolo, em 1 Pedro 5.1,2, assevera: “Rogo, pois, aos presbíteros, que há entre vós, eu, presbítero como eles [...] Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós”. Vemos, aqui, claramente as duas modalidades de presbítero: o supervisor (gr. sumpresbuteros, a exemplo de Pedro) e os auxiliares do ministério principal (gr. presbuteros).

Portanto, tomemos cuidado com os obreiros que querem “reinventar a roda”, pois são eles os mesmos que propagam heresias como a Teologia da Prosperidade (também conhecida como Teologia das $emente$). Afirmar que a Assembleia de Deus não pode mais consagrar presbíteros como obreiros auxiliares dos pastores, alegando ser isso um erro que os patriarcas cometeram, é falta de respeito e de conhecimento bíblico. “Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2 Ts 2.15).

Em Cristo,
FONTE
Ciro Sanches Zibordi
pos-Evaldo Florindo

Á FALÁCIA DA TEOLOGIA DAS SEMENTES DE MIL REAIS


A FALÁCIA DA TEOLOGIA DAS SEMENTES DE MIL REAIS

Alguns propagadores da Teologia da Prosperidade têm afirmado: “Quem planta sementes de laranja, colherá muitas laranjas. Quem semeia dinheiro colherá muito dinheiro. E quem semeia muito dinheiro colherá muitíssimo dinheiro”. Os incautos que acreditam nisso aceitam cada novo desafio dos telepregadores das $emente$. E estes, por avareza (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 6.10), percebendo que a estratégia está funcionando, pedem valores cada vez mais altos.

Se a Teologia das $emente$ é mesmo uma lei, ela deve funcionar para todos, em qualquer lugar do planeta. E, se isso acontecesse, a miséria do mundo diminuiria drasticamente. Imagine um pobre haitiano, que tenha apenas um dólar no bolso. Digamos que ele, ao ser evangelizado, resolva semear a sua única nota e — miraculosamente — receba cem dólares. Ele, então, semeia dez dólares e, para a sua surpresa, ganha mais mil! Em pouco tempo, apesar de toda a miséria à sua volta, ele enriquecerá. Que testemunho! Tudo começou com uma única semente... Mas, e aqueles miseráveis (como o que aparece ao centro, na imagem acima) que não têm sequer um dólar para semear?

O texto de 2 Coríntios 9 tem sofrido na mão de alguns eisegetas — e não exegetas — da Teologia da Prosperidade. Segundo eles, essa passagem assevera, prioritariamente, que devemos semear dinheiro para colhermos mais dinheiro. É claro que Deus abençoa aqueles que contribuem para a sua obra. Mas o contexto imediato da aludida passagem mostra que Paulo ensinou os coríntios a contribuírem, antes de tudo, movidos por generosidade, e não por necessidade, como que desejando colher mais do que foi semeado.

Ao fazermos uma exegese da aludida passagem neotestamentária, descobrimos que a lei do “semear e colher” foi apresentada pelo apóstolo Paulo dentro de um contexto de auxílio generoso aos pobres. Nada tem que ver com desafios egoísticos para obter prosperidade, riquezas ou para comprar aeronaves, casas, carros, etc. O texto de 2 Coríntios 8.1-6 mostra que os macedônios, conquanto pobres, ofertaram do pouco que tinham para socorrer os irmãos de Jerusalém.

Quando Paulo estimulou os coríntios a serem generosos a favor dos santos de Jerusalém, era notório que eles passavam por sérias dificuldades (2 Co 9.1-5). Os apóstolos haviam solicitado a Paulo e a Barnabé que se lembrassem dos pobres (Gl 2.9,10), e eles trouxeram uma contribuição de Antioquia a Jerusalém (Rm 15.25-32). E foi nesse contexto que o tal apóstolo disse aos crentes de Corinto: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (2 Co 9.6). Ele desejava que os coríntios contribuíssem com espontaneidade e alegria, e não por causa do que receberiam em troca.

Se o que nos estimula a contribuir para a obra do Senhor é prioritariamente a generosidade, não precisamos de pressão psicológica. Entretanto, foi isso que fez, recentemente, um teólogo das $emente$ convidado para pedir uma semeadura de R$ 1.000,00, em certo programa de TV. Esse famoso “doutor” norte-americano ordenou, como se tivesse a certeza de que os telespectadores estavam hipnotizados: “Eu quero que você vá ao telefone, saia da sua cadeira, saia do seu sofá. A obediência retardada se torna uma rebelião”.

O tal “doutor”, considerado “o homem mais sábio do mundo”, mostrando o quanto está distante da sabedoria do Alto, também afirmou: “Quando você quiser algo que nunca teve, você deve fazer algo que nunca fez”. Imagine o que acontecerá se algum incauto resolver aplicar esse infeliz bordão como um princípio geral para a sua vida! Mas a Palavra do Senhor é clara quanto à primacial motivação do cristão, ao contribuir: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Co 9.7).

No entanto, de modo irresponsável e deselegante, certo telepregador assembleiano (assembleiano?), em uma de suas falações, chamou de “trouxa” os irmãos que contribuem para a obra de Deus movidos prioritariamente pela generosidade, e não pelo desejo de obterem uma colheita financeira abundante. Ele, com isso, ignorou ou desprezou o ensinamento central de 2 Coríntios 9, de que a nossa contribuição para a obra do Senhor deve ser generosa, e não interesseira: “aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para alimento, também suprirá e aumentará a vossa sementeira, e multiplicará os frutos da vossa justiça; enriquecendo-vos em tudo para toda a generosidade...” (vv.10,11).

Portanto, a Teologia das $emente$ é uma grande falácia, posto que se opõe ao princípio da generosidade. Ela estimula o crente a contribuir por causa de sua necessidade, egoisticamente, e não por generosidade altruísta. Ademais, tem sido empregada para o enriquecimento ilícito de telenganadores, os quais usando “palavras fingidas” (2 Pe 2.3), produzem cristãos materialistas, que buscam os seus próprios interesses e ignoram as “coisas lá do alto” (Cl 3.1).

Fonte: Blog do Ciro

postado por Evaldo Florindo